terça-feira, 28 de junho de 2011

Professor rei ou verso?

Oi queridos,

Recebi esse vídeo de um amigo professor e como professora, me fez cair lágrimas dos olhos... (lembranças dos bons tempos amados).

Hoje eu não leciono numa escola ou clube, mas continuo ensinando.. Ah! sou formada em Educação Física.
Eu lecionava num "clube" dando aulas de basquete, natação, futebol de salão, volei, ginástica de salão, musculação e dança; tinha alunos de 3 anos à (como dizer isso) "melhor idade disposta" hahahahaha, ou seja, 3ª idade.

Era muito comum uma família dar o ar da graça de ter aulas comigo e mais comum ainda, ouvir o que um falava do outro, com lágrimas ou risos. Assim, euzinha, como um padre de confessionário, os ouvia e tentava acalmar os ânimos de maneira muito neutra.

Pessoas, conseguem  imaginar o quanto aprendi nesse mundo onde eu ensinava? Simplesmente muito... e de graça.

Hoje falar do profissional da educação dói. O quanto são financeiramente desvalorizados e desmotivados. Sabemos que o carinho que somos recebidos por muitos alunos não tem preço, mas precisamos comer, beber, vestir, construir e manter uma família, sabiam?

Somos seres humanos também... e precisamos ensinar isso às crianças de hoje, para que quando formadas saibam nos ver como pessoas iguais e não "deuses".

Quem com mais de 25/30 anos hoje, nos primeiros anos de escola, não ficava impressionado de ver um professor comer um sanduíche? Ou fumar um cigarro? E quando a professora de português esquecia de passar batom? Eles sabiam tudo, respondiam todas as perguntas. Falávamos: "Nooosssssaa! Vocês viram a professora Fulana? Ela estava sentada do lado do fulaninho comendo um lanche!" hahahaha..

O que aconteceu com nossos ídolos? Continuam ídolos, não é mesmo? E o que aconteceu conosco? Nós crescemos, amadurecemos...

Senhores políticos, eles não são "deuses" que não precisam nem de vento num dia de calor! São pessoas como nós e ainda estão lutando para alfabetizar, aguentam desaforos de petulantes filhinhos de papai e respostas mal dadas por pura falta de educação familiar de um pivete de 7 anos de idade.

Depois de vomitar em vocês fiéis leitores e queridos seguidores, um pouco de romantismo para essa profissão tão necessária e esquecida pelos "grandes" pequenos sem noção do nosso, ou melhor, do país de vocês.



Aqui mais uma lágrima.

Beijos
Karina

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Varekai - Wherever - Qualquer lugar

Olá queridos leitores e fiéis seguidores,

Hoje vi um videozinho sobre o Cirque du Soleil que está vindo apresentar um novo espetáculo chamado "Varekai".
Sempre fico boquiaberta ao assistir quaisquer que sejam suas apresentações, porém a curiosidade sobre o significado do nome foi instantânea.

Aqui está: "Varekai" significa "onde quer que seja" na linguagem romena dos ciganos - os nômades universais. O espetáculo foi baseado na lenda de Ícaro, herói da mitologia grega que caiu no mar ao tentar chegar perto demais do Sol. Em Varekai, Ícaro cai em uma floresta mágica às margens de um vulcão. O local é habitado por seres místicos - humanos, animais e criaturas que são um misto dos dois. (fonte: Wickipédia)

Durante a entrevista, um dos diretores explicando o significado da palavra "Varekai", disse uma frase muito interessante, a qual me fez vir até aqui compartilhar a grandeza de seu significado.

"Onde quer que formos, desde que estejamos juntos, sempre estaremos em nosso lar..."

Queridos, isso é lindo! não tenho outras palavras, simplesmente é lindo.

Tem muita gente que não gosta muito de me ouvir dizer que só saio do meu bairro, se for para fora do Brasil. Eu fico sim revoltada com a política, economia, egoísmo dos governantes; enfim... creio que tem um texto meu aqui vomitando alguma opinião sobre como é muito melhor viver lá fora, no primeiro mundo, lógico.

Depois dessa frase, meu coração fica mais tranquilo e em paz com minhas crenças (não só religiosas).
Junto com minhas filhas e meu marido, sempre me sentirei em meu lar. Ensinarei as pequenas a construirem seus próprios no momento delas.

Sejam felizes amados!
Beijos
Karina

Aqui está o link da reportagem:
Jovem Pan Online: Cirque Du Soleil promete encantar com "Varekai"



terça-feira, 7 de junho de 2011

O diálogo diferente

Oi queridos leitores e fiéis seguidores,

Faz um tempo que tenho um discurso que diz que o diálogo é a melhor arma do ser humano.
Seria tão bom se conseguíssemos fazer dele um hábito. Em todos os relacionamentos, esse seria a melhor maneira de fazer dar certo.

Imaginem uma mãe que adquirisse o hábito de conversar com seus filhos desde pequenos, tivessem a paciência de ouvir e ensinar, ou passar suas mensagens, mesmo que de maneira lúdica. Será que na adolescência o jovem indeciso também teria a paciência de ouvir seus pais e filtrar suas decisões impulsivas?

Quando adultos, nossos pais sempre querendo saber todos os detalhes dos nossos passos... Não seria melhor uma simples pergunta, ao invés de vasculhar nossos pertences; e depois de achar um maço de cigarros, anticoncepcionais, um sabonetinho de motel; jogam em nossas caras lições de moral, experiências vividas em uma geração diferente... enfim, uma boa conversa seria muito mais amigável.

Os idosos.. ah os cabelos brancos em cabeças experientes e com certeza, alguns arrependimentos. Esses podemos exemplificar: de ter perdido a oportunidade de curtir um pouco mais seus pequenos, uma lição perdida aos seus jovens, um convite pra um choppinho no calçadão vendo o por do sol e jogando conversa fora com a pessoa madura que se parece muito com a pessoa que foi.

Creio que essas questões nos fazem parar e pensar em algumas atitudes silenciosas, que poderiam ter sido ótimas conversas. Ou... um silêncio que valeria muito mais que uma simples frase..

Baseada nesse silêncio, deixo aqui uma teoria muito prazerosa que li outro dia aqui pela internet e um video só para ilustrar o diálogo diferente...

"O tango é a dança da carne, do desejo, dos corpos entrelaçados. É um diálogo novo, a sedução feita movimento, o ir e vir, encontro de dois mundos. É um baile exibicionista, esteticamente belo, e ronda sem temores o universo do lúdico. O casal de baile roça seus sapatos entre sensuais carícias enquanto o atônito espectador ocasional, eterno voyeur, se fascina e deslumbra com ardor do tácito romance entre dançarinos..."

Enjoy it!!
Beijo grande
Karina