domingo, 13 de maio de 2012

Dia das Mães

Olá queridos,
Esse texto foi escrito pelo meu amado tio Aurélio de Oliveira em homenagem à minha avó Orestina, falecida quando eu estava ainda com 2 aninhos...
Por que esse texto? Mais que uma homenagem para minha mãe, que tal para a mãe da minha mãe?
É curtinho, mas cheio de amor!
Enjoy it
grande beijo




"A TODAS AS MÃES... AS BOAS E AS MÁS!

Já li isso em algum lugar. Que há dois tipos de mães: as boas e as más. As boas são aquelas estranhamente más; as más são aquelas verdadeiramente boas. Olha... é preciso esperar muitos anos, talvez uns 60... para entender esse estranho paradoxo. Eu mesmo, durante uns 23 anos, já tive um tipo desses em casa. Era uma mãe muito boa! Porque conseguia ser suficientemente má na hora de demonstrar todo o seu amor por mim. Maldoso amor de mãe! Quando eu era pequeno, não entendia esse amor carregado de maldade. Um amor cheio de regras... não pode isso, não pode aquilo, desce daí, fica quieto, lava essa orelha, não sai no vento, põe uma blusa... era uma maldade atrás da outra! E o olhar... era um olhar que, silenciosamente, falava não! Bastava uma olhada e eu já sabia o que não devia fazer. Se fizesse o chinelo comia solto! Se minha bunda tivesse memória, agora estaria lembrando daquelas doces e saudosas chineladas! Que mãe má eu tive! Tanto que hoje me considero um bom adulto. Graças àquela mãe maldosa que eu tive, que fez todas aquelas maldades boas nos momentos certos. Ah! Eu daria tudo para tê-la, hoje, ao meu lado novamente e dizer um monte de coisas bonitas que, muitas vezes, deixei de dizer porque não entendia aquelas maldades todas. Aliás, hoje não... todos os dias! Porque mãe não é mãe apenas um dia. Mãe é mãe sempre! E eu todos os anos descubro que, mesmo depois que decidem partir, elas continuam sendo mães em cada milímetro do nosso ser. Ah! Dona Orestina... muitas saudades de você!"