segunda-feira, 14 de março de 2011

Malas Prontas!

Como eu ia dizendo...

Chegamos na terra do Tio Sam, cheios de vontades, expectativas e muita curiosidade.. Vivíamos com a boca aberta e era claríssimo a diferença entre primeiro e terceiro mundo.
Não víamos cachorros soltos pelas ruas, muito menos merda na calçada; mendigos e pedintes, na cidade que estávamos, era quase impossível... Abram um parênteses por mim:

Uma vez encontramos um mendigo, todo vestido com roupas inteiras, porém usadas.. aquelas que compramos por 2 dólares num brechó.. em frente a um super mercado, batendo um sininho, com uma placa escrito assim: SOU POBRE, ESTOU DESEMPREGADO! PODE ME DAR UM $$?
Incrível!! e muita gente depositava em sua cumbuca, as moedas que recebiam de troco no caixa. Bobear o cara fazia mais $$ que nós...Podem fechar os parênteses...

Então.. como eu disse a família do meu marido, era muito grande e nunca, nenhum deles havia saído pra um lugar tão longe e por tanto tempo..
Levamos um dinheirinho para nos sustentar sem trabalho por um mes mais ou menos..
Quando chegamos na nossa casa, já alugada por intermédio de um contato, ficamos super felizes! Fotografávamos tudo, a nossa primeira compra, nosso primeiro café da manhã, nosso primeiro carro... minha nossa!!! que alegria.., mas o tempo foi passando e nada do nosso primeiro emprego..
Foi quando as lágrimas começaram.. a saudade, a falta da língua local, e pouca ajuda.. As malas que levamos, ficou mais de um mes sem ser desfeita, pois nosso dinheiro estava acabando, nada de emprego, o tempo passando e pronto.. decepção..
Eu já estava acostumada a ficar longe de casa e dos meus, mas ele não!

Ufa! conseguimos nosso primeiro emprego, numa fábrica de travesseiros. Eu embalava e empacotava as almofadas e meu marido carregava caixas e caixas de um lado para o outro...

Descobrimos uma enorme colônia açoriana na cidade que estávamos. Agora imaginem: não falávamos inglês, os portuga, falavam sim, mas tudo errado; então estávamos aprendendo inglês com um sotaque horroroso e desaprendendo o nosso lindo português..hahaha

Fizemos um acordo... que íamos trabalhar até ajuntar toda a grana que havíamos gastado e voltaríamos pro Brasil...

O tempo foi passando e o dindin entrando... sabem que conseguimos mesmo ajuntar esse dinheiro? Daí veio outro acordo... Ah já que estamos aqui, vamos ajuntar outro montante para comprar nosso cafofo no Brasil, depois voltaremos...

Mas essa já é outra história... que contarei no próximo post.. ;-)

Beijo enorme
Karina

7 comentários:

  1. Olá Ká,
    Imagino a angústia que sentiram ao ver que o tempo passava e nada de emprego... Lembrei-me do aperto no coração que sentia, todas as vezes que lembrava-me da minha família! Sempre fui meio "desgarrado", mas estar longe de casa, com grana contada e sem saber se comunicar direito é uma experiência e tanto, só quem já passou sabe!!!!!
    Estou curioso para saber a continuidade da história!!!!
    Abração minha amiga,
    Flávio Nunes.

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  2. Olá amigo Flávio...
    Por esse motivo, sempre aconselhei a todos que me perguntam sobre nossas experiências internacionais, que façam uma viagem, nem que for por um mes... vale o turbilhão de sentimentos...
    Obrigada por vir..
    beijo

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  3. Ka, adorei sua história!!!! Me conta o final!!!
    bjos
    Chris

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  4. Oiiiii, adorei sua história e vou aguardar o resto mas me avise tá....
    Saudades deminha filhinha, amanhã te ligo para saber dela....

    Beijossssssssssss

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  5. Ahhh eu conheço essa história!!
    O Uilton sempre me contava quando trabalhávamos juntos na EDS hehe...
    Bjão,
    Leo

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  6. Ká, Muito legal, me fez lembrar quando fui para o Rio, não havia neve, porém não podia ficar olhando muito para o céu sabe como é né, muita tranquilidade ao o som de ninar.
    Lembro uma noite que estava na sala tudo quieto somente ouvindo a música de ninar e escuto a mãe e o tio conversando no quarto: Será que vamos para debaixo da cama?
    Beijos do seu irmão
    Klauss

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  7. Kla!!!
    hahahaha.. É verdade.. só pra quem ler o comentário do meu irmão, o som de ninar no Rio, era as metralhadoras dos morros..
    Minha nossa...
    Nós nos aventurando na améria e você na terra maravilhosa..
    Brigadinha por vir querido irmão!!
    bj

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